30.5.06

O cinema estará quinta na escola e domingo na roça

O Projeto Cinema BR em Movimento tem seqüência esta semana em Irará. Na quinta-feira, dia 01, às 10h, será a vez dos alunos da Escola Municipal São Judas Tadeu assistir ao filme Tainá 2 – A aventura Continua. No final de semana o projeto vai até a Associação Rural de Várzea e Caboronga. Lá acontecerão duas sessões. A primeira com Tainá 2 às 16:30 e a segunda exibindo o filme Bendito Fruto, às 19:30.
.
O “Cinema Itinerante” teve estréia no domingo passado em Bento Simões. À tarde a sede da Associação Rural da localidade foi tomada por crianças para assistir o longa Tainá 2. Olhinhos atentos, ele riam bastante nas cenas mais engraçadas, principalmente nas falas do papagaio, um dos personagens do filme. Ao final, o ambiente foi tomado por um breve silêncio. Tão logo este foi quebrado, devido ao barulho das pessoas que levantavam, algumas crianças tomaram a iniciativa e começaram a aplaudir a obra cinematográfica. Assim demonstrando estarem satisfeitas com a mensagem ecológica do filme. À noite, após a missa na Igreja Local, as 21h, foi iniciado o filme Bendito Fruto, que por motivo do avançar da hora foi ficando com o público cada vez mais diminuto.
.
Antes da exibição dos filmes, o público pode conferir a exibição de curtas-metragens nacionais. O curta Mitos do Mondo – como surgiu a noite?, animação baseada numa lenda indígena, abre para Tainá 2. Já o curta Momento Trágico que inicia Bendito Fruto, narra o sentimento de um homem após ter sido abandonado pela esposa uma sessão de terapia.
.
O Cinema BR em Movimento em Irará é uma produção da Charanga Comunicação, com o patrocínio do Cestão Supermercados e apoio da Casa da Cultura de Irará e de Associações Rurais do Município. Outras parcerias estão sendo negociadas.
.
Saiba mais sobre o projeto em outras noticias abaixo já publicadas aqui.

29.5.06

Aristeu Nogueira, sinônimo de Cidadania

Por Juracy de Oliveira Paixão

Amigos, parentes e a Internet me informaram da viagem derradeira de Aristeu. Recebida a notícia, abriu-se-me a lembrança para fatos dos Anos 50/60, quando as lutas sociais atingiram seu ápice no Brasil que se redemocratizara – embora os ditos “guardiões da democracia” já articulassem novo e cruento golpe.

Aristeu, naqueles anos, era membro do Comitê Central do então PCB (Partido Comunista Brasileiro) na semi-legalidade e dirigente máximo da organização no Estado da Bahia. Seu escritório, sobre uma loja de sapatos da Avenida Sete - quase sob a proteção do Relógio de São Pedro, era o centro estratégico dos movimentos revolucionários na Bahia. Dali, Aristeu definia rumo para as greves e passeatas, acalmava radicais que pensavam no poder pela via do confronto, animava os que punham pouca fé na disposição reformista de Jango, distribuía instruções aos “funcionários” do aparelho - aqueles que viviam do e para o Partido.

Naqueles anos, nenhuma força política progressista julgava-se capaz de dispensar a participação do PCB em qualquer ação pública, fosse ela uma simples passeata de estudantes secundaristas ou o mais radical avanço das Ligas Camponesas.

Aristeu, com seu jeito maroto de sorrir sisudo, sabia reconhecer no mais humilde companheiro o mérito revolucionário. Punha, contudo, - leal e fiel homem de partido que era - a organização partidária acima de posições, importâncias e conveniências. A ele aplicava-se, sem perda de vírgulas, a afirmativa de Bertold Brecht: “Mostre-nos o caminho a tomar que nós o seguiremos com você, mas não tome o caminho certo sem nós. Sem nós, este é o mais falso dos caminhos”.

Sobrevivente sofrido dos anos de chumbo, Aristeu agasalhou-se em seu Irará, talvez atraído pela imagem do velho sobrado dos Nogueira. Em sua cidadezinha voltou à faina do Direito, opção da juventude e porta escancarada que o conduziu ao caminho político escolhido. Faleceu como viveu: na humildade, na lealdade, na solidão – mas comunista de quatro costados.

Soube que ao seu funeral apenas compareceram familiares, alguns poucos amigos e um ou outro cidadão conterrâneo, além de colegas do Direito. A elite (falida e hipócrita) da cidade ignorou sua marcha final. Os políticos de ocasião – aqueles que ainda julgam ter o comando dos cabrestos - puseram venda nos olhos. Os primeiros, certamente marcaram ausência pela discriminação que sempre dedicaram aos comunistas declarados; os segundos, por julgarem que “Aristeu não tem votos”.

Aristeu foi feliz neste seu último momento: desceu seus sete palmos sem a presença hipócrita da falsa elite e sem as lágrimas de crocodilo dos supostos donos do poder. Desceu seus sete palmos para, em novo aparelho, encontrar-se com Raul Cruz, com Pedro de Tiano, com Lenine e com Karl Marx, a fim de discutirem sobre uma nova tese que logo será o dilema dos que permanecem vivos: “a Revolução se dará, mesmo que, para tanto, as décadas se sucedam”. Quando chegar a hora, serão aristeus, lenines e semelhantes que estarão à frente da ação e da marcha, priorizando aquilo que a pretensa elite e os falsos políticos mais abominam: a Cidadania.

-=-=-=-=-=-=-=-=-=-

26.5.06

Emancipa!

Vai e grita. Os teus 25% de analfabetos e compradores descréditos. E a mão que não vacila. Emancipa.
.
Da tua indecisão histórica. Não sabe se é luz, formiga ou mel. E se do incerto passado, o presente não faz. Emancipa.
.
Já tivestes representantes na Assembléia e na Câmara Federal. Hoje te faz representar pelo Neto do “marvadeza” e outros de tantas espertezas. Emancipa.
.
Tua saúde na UTI. Teus filhos quando doentes não têm pra onde ir. Busca a carona, a espera na fila do hospital e a garantia do voto no final. Emancipa.
.
São os aposentados sustentam a tua economia. A produção já não vale o que há muito valia. Emancipa.
.
E o malandro que arrombou uma escola pra roubar a merenda... Se fosse malandragem, não seria melhor furtar outra oferenda? Emancipa.
.
O vigor da juventude muito interessada, astuta e esperta. Ta querendo saber qual é a próxima festa. Emancipa.
.
No comércio esta o teu cabedal. Compra no vizinho, e não se estrutura pra ganhar seu espaço, uma vez pro ano vai rolar o churrasco. Emancipa.
.
Rezar,reza e não muda o teu pensamento. Diz que faz e não faz. Palavras ao vento. Aponta a solução pra tudo, parecendo antever o grande final.
.
Emancipa! Emancipa! Emancipa! Emancipa! Emancipa! Emancipa!
.
Dia 27 de maio, feriado municipal em Irará, data de comemoração da emancipação política. Emancipa!
.

Bento Simões abre circuito Cinema BR

O circuito do Cinema BR em Movimento, núcleo de Irará, será iniciado neste domingo, 28, na vila de Bento Simões. Num único dia serão exibidos dois filmes na Sede da Associação Rural de Bento Simões e Juazeiro. A primeira sessão é dedicada às crianças e traz o longa infantil Tainá 2 – A aventura continua, com hora de inicio marcada para as 16:30. A segunda começa às 19:30, apresentando o filme Bendito Fruto.
.
A idéia de levar o Cinema BR a Irará, através do circuito comunitário, é uma iniciativa da Charanga Comunicação e Marketing. A agência de publicidade e produtora, com quase dois anos de atuação em Irará, tem como uma de suas motivações, aprimorar o processo de comunicação no município. Para realizar o projeto, a Charanga está contando com o patrocínio do Cestão Celulares e o apoio de institucional do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, de Associações Comunitárias e da Casa da Cultura.
.
A intenção é que os filmes possam ser exibidos num maior número de localidades possível, para isso, a Charanga esta discutindo parcerias com a Câmara Municipal de Vereadores e com a Secretária Municipal de Educação e Cultura.
.
Veja abaixo as sinopses dos filmes:
.
TAINÁ 2 – A AVENTURA CONTINUA (longa-metragem)
.
A pequena índia Catiti anda pela floresta seguindo e imitando Tainá. Elas inutilizam as armadilhas dos traficantes de animais silvestres e um dia encontram Carlito, garoto da cidade à procura de seu cachorro perdido, que Catiti resgata e quer adotar. Quando uma quadrilha se apodera dos animais de estimação (xerimbabos) da aldeia, as crianças esquecem as diferenças culturais para socorrer os bichos.
.
Infantil- 2005 - ColoridoDireção: Mauro LimaElenco: Eunice Baía, Vitor Morosini, Arilene Rodrigues, Kadu Moliterno, Chris Couto, Aramis Trindade, Leandro Hassum, Roney Villela, Daniel Munduruku Duração: 80 min
.
BENDITO FRUTO (longa-metragem)
.
Durante os 9 meses de duração da novela "Primeiro Amor" Maria (Zezeh Barbosa), Edgar (Otávio Augusto), Virgínia (Vera Holtz), Telma (Lúcia Alves), Choquita (Camila Pitanga) convivem juntos. O ponto de encontro é o pequeno salão de cabelereiro de Edgar, localizado em Botafogo, no Rio de Janeiro, por onde todos passam. Neste período Maria, que é amante de Edgar, tem sua vida transformada para sempre. Virgína, amiga de infância de Edgar, sofre um acidente com uma tampa de bueiro. Anderson (Evandro Machado), filho de Maria, volta da Europa com uma novidade: Marcelo Monte (Eduardo Moscovis), seu namorado, que é também o galã da nova novela das oito.
.
Drama - 2004 - ColoridoDireção: Sérgio Goldenberg Elenco: Otávio Augusto, Zezé Barbosa, Vera Holtz, Evandro Machado, Lúcia Alves, Eduardo Moskovis e Camila PitangaDuração: 90 min

23.5.06

E os parentes continuam

A Câmara aprovou, mas o prefeito, Juscelino Souza (PP), respondeu com o veto ao projeto de Lei nº. 236/2006 de autoria do vereador Elesbão Neto (PTC). A iniciativa de Elesbão previa o fim das contratações de parentes “em linha reta ou colateral até o terceiro grau”. No plenário do Legislativo o projeto venceu por cinco votos a três. Votaram a favor, além do autor, os vereadores Beto Pinto (PL), Cesinha (PRP), Genival (PL) e Josafá (PT). Contra, defendendo a continuidade dos parentes do prefeito nos cargos do executivo, votaram: Juarez (PSC), Zé Bispo (PHS) e Carlinhos (PHS), líder do governo.
.
Na redação do veto, Juscelino alega uma possível inconstitucionalidade do projeto. De acordo com o texto do prefeito, a proposta de emenda à Constituição Federal dispõe sobre empregos de parentes no Poder Judiciário e não no Executivo e Legislativo como prevê o projeto aprovado na Câmara. Em depoimento para a Gazeta de Irará, o vereador Elesbão responde que a sua iniciativa é constitucional e encontra embasamento na Lei Orgânica. Segundo o legislador, o Artigo 13 da Carta Municipal autoriza a Câmara a legislar sobre assuntos de interesse do município. Com o veto, o projeto voltará a Casa Legislativa para nova apreciação dos vereadores.
.
“Bom Senso”
.
Ainda que a Lei não proíba, a contratação de parentes do gestor na administração pública é um ato repugnado pela população. O caso de Irará tem chamado atenção, sendo noticia em jornais e programas de rádio e TV a exemplo do Balanço Geral, dirigido por Raimundo Varela. Nas ruas, a comunidade iraraense demonstra apoiar a iniciativa da Câmara. Caso o poder legislativo derrube o veto do prefeito, serão atingidos diretamente ao menos quatro cargos do primeiro escalão do governo. São eles:

.
O assunto faz rememorar as declarações do ex-deputado e ex-presidente da Câmara Federal Severino Cavalcante, do Partido Progressista, coincidentemente o mesmo partido do prefeito Juscelino. Quando deputado, “Severinho Cheque Cheque”, como era chamado pelo colunista Zé Simão da Folha, afirmava que se o cargo era de “confiança” ninguém melhor para ocupa-lo do que sua esposa, ou seja, aquela que dormia com ele. Em casos como este, antes das questões de legalidade ou de confiança, esta o popular “simancol” do gestor em conhecer as limitações éticas que a vida pública lhe impõe. Talvez, seja este um caso do reclamado bom senso, como pontuou um grande amigo na comunidade “irará” no Orkut.
.
Na hora do voto, um pouco de senso crítico.
.
Volto a dizer, como naquele debate do Orkut, com relação à iluminação natalina, que tão importante quanto o bom senso é o senso crítico. Na hora do voto, este pensamento deve ser mais observado ainda.
.
Não lembro de ter visto o atual prefeito, em sua campanha eleitoral, ter sinalizado nenhum posicionamento contra a pratica de emprego de parentes. Entretanto, os seus mais entusiasmados eleitores e apoiadores de campanha, vereador Elesbão incluso, bradavam constantemente contra o nepotismo do governo anterior. Talvez imaginassem que seu então candidato iria acabar com o exercício do ato.
.
Veio o novo governo e a impressão que fica é que o processo foi ainda mais acelerado. Diante do fato, só me resta reagir igual a torcedor no estádio, com cartaz na mão, querendo ser captado pela lente da Globo. Em conversas com eleitores arrependidos, tento sintetizar o caso com uma resposta simples: “Eu já sabia!”.
.
Tal desconfiança me foi confirmada no dia da posse. Em análise ao fato, escrevi um pequeno texto sobre o assunto nepotismo. Na época, não divulguei o escrito. Eram os primeiros momentos do governo. Portanto, preferi não perpetuar minha fama de desafinado nos coro dos contentes, em plena lua de mel governamental. Hoje, com o assunto na ordem do dia, resolvo divulgar o texto aqui. Cabe a observação de que naquela época a primeira dama ainda não tinha entrado no governo e o “filho adotivo” ainda não havia saído.
.
Acho o texto pertinente. Ele chama atenção para fato de observar o comportamento e história das pessoas quando elas se propõem ao exercício público. E também deixa entender, com certa dose de ironia, de que não se pode fazer na vida pública, tudo aquilo que se faz na privada.
.
Tocando em família
.
Roberto Martins (janeiro/2005)
.
Recomenda-se harmonia para se tocar um bom projeto. Seja ele musical, empresarial ou político. A idéia de trabalho em grupo fortalece o conjunto e possibilita um maior entrosamento entre os pares. Falando em grupo ou conjunto, nada mais natural do que lembrar da família. Ela é o primeiro grupo social a que o ser humano esta vinculado. Primeiro os pais e irmãos, depois os avôs, tios, primos... e assim vai.
.
Trabalhar em família parece mesmo ser o perfil do novo prefeito de Irará. O administrador público, também empresário e cantor, sempre demonstrou ter na família, a sua equipe ideal de trabalho. A empresa dele funciona através de uma sociedade com o irmão, num ramo de atividade inspirado pelo pai. Na banda de música, onde o prefeito é cantor e violonista, a composição familiar vai além. Um dos filhos toca acordeon, ou outro contra baixo, e a filha faz backing vocal. E agora na prefeitura, o músico e empresário parece repetir o mesmo repertório de composição familiar.
.
Já no seu discurso de posse ele dizia: “meu tio já foi prefeito, meu pai foi prefeito, esse que acaba de sair da prefeitura é meu primo, e eu agora serei prefeito”. Mas o “método mais moderno” de administração pública começou a aparecer mesmo quando ele anunciou a sua equipe de governo. “Secretária de Finanças e Planejamento, minha irmã. Chefe de Gabinete, minha cunhada. No conselho administrativo, meu pai. Na secretária de administração, esse menino que eu considero filho adotivo...”. Orquestração muito semelhante à anterior, chamada pela então oposição de nepotista.
.
Tocando em família, o prefeito de Irará segue, agora na administração pública, o seu costume empresarial e artístico. Uma metodologia talvez mirada no exemplo do seu pai que quando foi prefeito, convidou o sobrinho para ser secretário. Ironia do destino, o sobrinho virou prefeito e disputou a última eleição contra o filho dele. E a orquestra familiar soou dividida.

Miguel Almir defende Tese sexta, 26

Não precisa de tese. Não precisava ir a Madri. Nada disso! Para ser doutor em educação. Basta ser assim... Miguel Almir. “Desmedido e sem cabimento” para exercer a sua docência. Mas já que a academia “exige” e ele fez o doutoramento, só nos resta lhe dar os parabéns.
.
Felicitações por vencer mais essa batalha Miguel!
.
.
Tese analisa a sensibilidade no educar
.
Ascom/UFBA
.
“Feixes de arco-íris: uma compreensão ontológico-policrômica da sensibilidade e sua fruição no fenômeno do educar”. Este é o tema da tese de doutorado de Miguel Almir Lima de Araújo com defesa prevista para o dia 26, às 8h30, no Auditório I da Faculdade de Educação. O trabalho analisa “a compreensão ontológico-policrômica da sensibilidade e sua fruição no fenômeno educar”, diz o autor. A sensibilidade é apresentada como estado de disposição e de abertura vasta dos sensos perceptivos em que o corpo e espírito coexistem de modo implicado, numa compreensão e vivenciação dos sentidos do existir. Algo que se constitui “desde os fulcros magmáticos da corporeidade, da intuição, da afetividade, do mito poético e da razão-sentido”, teoriza Miguel Amir. O trabalho será examinado pelos professores Dante Augusto Galeffi (orientador/UFBA), Roberto Sidney Macedo (UFBA), João Francisco Regis de Morais (Unicamp/Puccamp), João Francisco Duarte Jr. (Instituto de Artes/Unicamp) e Marcos Ferreira Santos (USP).

Nota extraída (crtl c + ctrl v) do UFBA em Pauta -
www.ufba.br

Quero meu “zum reau”!

O caro leitor e as belas leitoras devem lembrar do texto que abordava a Semana Santa. Pois eh! Nele continha o argumento de que a doação de peixe naquele período não era novidade. Dizia ainda, que fatalmente se repetiria esse ano e que a mídia de Irará, se não reportasse o fato em abril, deveria noticiá-lo em maio.

Pois bem. Aconteceu como no script. A Gazeta de Irará de maio, traz em seu informe publicitário, mais precisamente no “O Tabuleiro dentro da Gazeta”, um texto abordando tal fato. Com o titulo “Prefeitura trabalhando pelo social” (sic), a nota afirma que “3 mil famílias carentes tiveram a oportunidade de celebrar a páscoa com peixe na mesa”.
.
O escrito ainda chama a doação de peixes de “ação social inédita”. Tá escrito social mesmo, não é assistencial. O termo “inédito” também é importante, se for levado em conta que esta é a mesma categoria dos filmes da sessão da tarde (rs, rs, rs). E para fechar com chave de ouro, é celebrado como resultado da “ação social” o “resgate da tradição cristã”.
.
São tantos os "resgates" promovidos neste governo, que a PMI já deve ter gastado uma fortuna para pagá-los. Só não estamos sabendo quem seqüestrou o que. Se a policia participou das negociações ou se essa onda de seqüestros e resgates, não está provocando um trauma na população iraraense.
.
Contudo, não me cabe aqui ficar discutindo isto. Até porque, eu não tenho dinheiro para pagar resgates... só sei que fiz uma aposta. E por isso mesmo, eu quero os meus “zum reau”!

19.5.06

"Devagar com o andor que o Santo é de Barro"

A Gazeta de Irará, edição de maio, comemora o fato de que os alunos do Ensino Médio do Colégio Joaquim Inácio de Carvalho (CEJIC) tiveram resultado acima da média das escolas pública baianas no Enem. Segundo a nota, o coeficiente médio na Bahia foi de 37.059 pontos, enquanto os cejicanos obtiveram média de 38.250. A nota faz alusivas considerações de que o Enem serve como ajuda para o aluno chegar a uma faculdade particular.
.
O texto elogioso, no entanto, carece de algumas análises. Não sinaliza qual seria a media satisfatória (caso o total do exame, seja de 0 a 100.000 pontos, o índice atingido pode ser considerado bom?). E deixa de observar a qualidade do ensino público na Bahia, de um modo geral. Olhando a realidade dos números, por um outro ângulo, os índices não são tão animadores. Percebe-se que ainda é pouco o número dos alunos que saem do Joaquim e entram nas Universidades Públicas, mais concorridas, sem precisar de reforços nos cursinhos.
.
Claro que não quero tirar o mérito dos estudantes do CEJIC e de seus professores. Conseguiram um feito? Sim. Mas, dados e números, são apenas dados e números, se não forem relacionados ao contexto no qual estão inseridos. Além do mais, listas de aprovados no vestibular não medem qualidade de ensino algum. A formação de cidadãos é que deve ser o coeficiente para avaliar um trabalho educacional e não a criação de meras máquinas decorebas, prontas para responder a uma prova. “Uma árvore se conhece pelos seus frutos”, diz o ditado.
.
Devo muito ao Joaquim, no meu caminho contínuo em busca do aprendizado. Por isso desejo que o Colégio possa trilhar a sua história, embasado numa realidade de sucesso. Assim, poderá continuar formando pessoas que trabalhem no sentido de um Irará melhor, de um mundo melhor. Uma tarefa árdua, mas que com a dedicação de todos que fazem o CEJIC, não enem tão difícil assim.

17.5.06

Irará se despede de Aristeu Nogueira

Dr. Aristeu Nogueira faleceu, aos 92 anos, às 4h da manhã de hoje em Irará. O corpo do advogado será velado no Sobrado dos Nogueiras, prédio histórico, construído por seu avô Pedro, e que já foi sede da prefeitura e da câmara legislativa do município. A previsão é que o sepultamento aconteça ainda hoje por volta das 16h.
.

Aristeu Nogueira: Militante político e cultural


A história de vida de Aristeu está intimamente relacionada com a política e cultura de Irará. Além de importante militante do partido comunista, também no cenário estadual e nacional, Aristeu exerceu papel de destaque na cena cultural da cidade. Na década de cinqüenta do século passado, foi um dos fundadores e principais gestores do CDC (Centro de Diversões e Cultura) e nos anos 1980, fundou a Casa da Cultura de Irará.
.
Cabe à comunidade iraraense fazer, além das homenagens de praxe, um merecido tributo a Aristeu Nogueira. Não aqueles direcionados aos típicos eventos memoriais. Mas sim, um sério trabalho político e cultural, focado na lembrança dos ideais de Aristeu e na consolidação das suas realizações para o município.

12.5.06

“Soteropolis” e “Família Drama Show” homenageiam Wilson Mello

O programa Soteropolis da TVE Bahia faz uma homenagem especial aos sessenta anos de carreira do ator Wilson Melo. A programação vai ao ar neste sábado, 14 de maio, às 14h, com reprise no domingo, dia 15, às 18h.
.
Wilson Mello, 73 anos, é figura reconhecida no teatro baiano e, em fins da década de 1980, inicio dos 1990, ensinou teatro na Casa da Cultura de Irará (CCI). A parceria entre Wilson e Casa da Cultura, aconteceu graças à amizade e aproximação de parentesco entre o ator e o Presidente Fundador da Casa, Dr. Aristeu Nogueira. Mello ministrava aulas aos domingos no Sobrado sede da CCI. Do curso, nasceu a montagem “A Farsa de Mestre Pantaleão” que foi encenada no Colégio São Judas. No elenco, pessoas como Jorge Ramos, Dante Barbosa, Reinaldo Dias, Everaldo Martins e, o clássico do teatro iraranse, Iuri “Gagari”, entre outros.
.
Com 60 anos de serviço, Wilson poderia estar aposentado duas vezes, no entanto, ele continua firme e forte atuando nos palcos da capital baiana. Prova disto é que o ator celebra a data encenando a peça “Família Drama Show” (ver abaixo).
.
É uma pena que o teatro iraraense, de tantos talentos, não tenha o mesmo vigor.
.
.
Família Drama Show
.
Comédia que discute temas polêmicos como incesto, sexualidade, família, consumismo, nacionalismo fama e mídia e tecnologia genética; tudo sob a óptica feminina.Data: 05/05/2006 a 28/05/2006 Acontece em: Salvador
.
Informações:Local: Teatro ACBEUEnd. Av. 7 de Setembro - Corredor da Vitória
Horário: 20hIngressos: Sexta a domingo - R$16Sábado - R$20
.
sinopse:
Os personagens são chamados por nomes genéricos. A protagonista, Gordinha, uma apresentadora de TV sexy, sagaz e bem articulada começa a história em mais uma transmissão diária de “O Mundo é Fofinho”, seu programa de variedades e amenidades. Gordinha é sacoleira e vizinha de Ela (que se caracteriza como Marylin Monroe). Ela, recebe a visita de Estranho, que é rico e bonito e vem lhe oferecer uma fortuna para inseminar o seu útero. Pai e Irmão (que são realmente pai e irmão de Ela) ficam chocados com a proposta de Estranho. Com orgulho ferido por ser preterida por Estranho, Gordinha briga com Ela. Texto de Júlio Góes e Alberto Soares. Direção de Júlio Góes. Com Wilson Mello, Cristiane Araújo, André Nunes, Camila Motta e Leandro Rehem.Teatro ACBEU, sexta a domingo às 20h. Ingresso: R$ 16 (inteira) e R$ 8 (meia) às sextas e domingos; R$ 20 (inteira) e R$10 (meia) aos sábados. Classificação: 16 anos.
.
sinopse extraída de: www.jornalssa.com.br/roteiroa.php

11.5.06

Irará entra no roteiro do Cinema BR em Movimento

Em sua sétima edição o circuito Cinema BR em Movimento vai à Irará. Tanto a zona urbana e a rural do município integram a proposta para a exibição de filmes aprovada pela MPC (Produtora de Cinema e Televisão – Rio de Janeiro) no final do último mês abril. A Produtora coordena o projeto que é patrocinado pela Petrobrás e tem funcionado em todo o território brasileiro desde maio de 2000.
.
O Cinema BR em Movimento consiste na exibição de filmes de longa e curta metragem da recente produção brasileira. Entre os seus objetivos, está a necessidade de aumentar o alcance social e geográfico do cinema nacional e promover o incentivo ao debate acerca do conteúdo das obras exibidas. Desde seu lançamento o projeto já chegou a 629 municípios, realizando 8.820 sessões cinematográficas, para um público de mais de um milhão de espectadores. Para desenvolver as atividades o projeto é dividido em dois circuitos, um direcionado ao público universitário e outro para as comunidades populares.
.
No circuito comunitário, como é o caso de Irará, o projeto é realizado em parceria com a comunidade local. O Cinema BR entra com o treinamento dos agentes culturais, a autorização para os direitos de exibição da obra e os cartazes para a divulgação das sessões. Os parceiros locais precisam ter os equipamentos e um espaço disponível para exibição das obras.
.
A disponibilidade de equipamentos era o maior empecilho para a chegada do projeto à Irará. Desde 2004 pretendíamos levar o Cinema BR à cidade. Infelizmente naquela época, não tínhamos como conseguir o equipamento. A solução para esta dificuldade começou a ser visualizada após algumas conversas com José Carlos Cerqueira (Kakal dos Pinto) quando ele nos acenou a possibilidade de disponibilizar um projetor de imagens.
.
Com confiança no entusiasmo do amigo, buscamos contato coma produtora carioca e elaboramos uma proposta para levar o projeto à Irará. Diante da informação de que o Cinema BR aceitava a participação de apoiadores locais, encaminhamos uma sugestão à MPC, demonstrando a necessidade e importância que o acesso às produções da cinematografia nacional teria para a comunidade iraraense.
.
Nesta semana recebemos a informação de que nossa proposta havia sido aceita. Agora estamos participando dos tramites burocráticos para a efetivação do projeto em Irará. Assim que tudo estiver pronto, esperamos estar divulgando outras informações como dia, local, sessões e os filmes que o Cinema BR levará a Irará. Aí é só preparar a pipoca e esperar o filme começar!