25.10.06

Pense no absurdo

“Pense no Absurdo? Na Bahia já aconteceu”. A frase é de Octavio Mangabeira, apenas quero trocar “Bahia” por “Irará”. Aparição de dossiê em véspera de eleição não é novidade na terra da farinha.
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Na eleição municipal de 2000 apareceu um “documento” afirmando que o então prefeito Antônio Campos (PFL – na época) havia se comprometido com empresários para ganhar as eleições de 1996.
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Resultado: O documento prejudicou o então candidato Juscelino (PL na época), que estava com Antônio Campos e os referidos empresários no seu palanque, favorecendo a vitória de Marito (PTB na época).
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Como em Irará não temos Policia Federal nem imprensa investigativa, nunca se saberá ao certo, mas houve quem atribuísse a “venda” do tal “dossiê” a Raimundo Ribeiro (PFL).
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Raimundo era candidato, mas sem crescer nas pesquisas e sem contar com apoio do então Prefeito Antônio desistiu da corrida ao executivo municipal, poucos dias antes do pleito, e foi apoiar Marito. Este, com o apoio de Ribeiro e do “documento”, ganhou aquelas eleições.
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Em 2004 um outro “documento” voltou a aparecer. O papel mostrava um possível acordo prévio entre Juscelino (PP) e os mesmos empresários, para um suposto loteamento de recursos e cargos na prefeitura, caso ele ganhasse as eleições.
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Desta vez, Juscelino e seu grupo agiram rápido. Valendo-se de orientação advocatícia e técnicas de comunicação, convenceram a opinião pública da inveracidade do suposto acordo. E assim, o mesmo recurso usado quatro anos atrás não funcionou. Juscelino ganhou a eleição para o mesmo Marito que o havia derrotado anteriormente.
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Agora é Brasília com toda esta história de Dossiê. Fora do espetáculo midiatico e das recorrentes perguntas de Geraldo Alkimin (de onde vem o dinheiro...?), o caso está parecido com o de Irará.
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Sabe-se apenas que foi feito um “documento” para prejudicar uma campanha. No entanto, não se sabe como foi arquitetado o tal “dossiê” e nem a veracidade do seu conteúdo. Agora. Pense no absurdo...

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