23.9.07

Fábio Calisto marca presença em Encontro Territorial

Nos dia 17 e 18 de setembro aconteceu em Feira de Santana o Encontro Territorial de Cultura do Território de Identidade Portal do Sertão, compreendido por Feira e mais 16 municípios ao seu redor.
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O evento teve como propósito a formulação de propostas que sirvam de subsídios para a elaboração do plano Territorial de Cultura. Os municípios enviaram representantes do poder público e os representantes da sociedade civil, eleitos durante os Encontros Municipais de Cultura, mas os trabalhos eram abertos à participação popular.
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Fábio Calisto, vulgo Zé Colméia, estava lá. Ele não era representante do poder público e nem muito menos fora eleito para representar a sociedade civil iraraense. Esta vaga fora concedida no Encontro de Irará à professora Dilma Leão que lá também estava. No entanto, Colméia marcou presença e roubou a cena. Fez perguntas e atacou de porta voz.
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Calisto (de costas) chamou "a massa" pro samba
Na hora que o Samba-de-Roda tocou, iniciou o movimento que deu vazão à boa parte da platéia levantar das cadeiras da Sala Teatral do Centro de Cultura Amélio Amorim e cair no samba.
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Também entraram na roda de samba alguns diretores da Secretária de Cultura do Estado (Secult), a Superintendente de Cultura, Ângela Andrade, e até mesmo o Secretário de Cultura, Márcio Meirelles, interpelados diretamente por Fábio Calisto.
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No momento da apresentação do Grupo de Chorinho, Calisto quase que conduziu todo o repertório sinalizando para que fossem tocadas algumas músicas de sua preferência.
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Mesmo com toda esta agitação no dia dezessete, Zé Colmeia continuaria surpreendendo. Na terça-feira (18) ele foi eleito o representante do Grupo de Trabalho do tema “Expressões Artísticas”, para apresentar as propostas da equipe na plenária final do Encontro. Para conseguir esta vaga, Calisto venceu a eleição contra uma pessoa do movimento cultural de Feira de Santana, obtendo cerca de 27 votos em um grupo com pouco mais de 40 pessoas.
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Com microfone na mão, diante do palco do Amélio Amorim, Fábio não se fez de rogado para apresentar as propostas de seu grupo. Entre os sete representantes de grupos de trabalho, a apresentação dele foi a que mais demorou. Não só pelas propostas e sub-temas, que eram os mais extensos, mas também pela oratória do rapaz.
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Ao explicar as propostas, Calisto falou da Filarmônica 25 de Dezembro, nas suas palavras: “a furiosa de Irará, onde eu sou músico”. Depois recorreu à Tom Zé, lembrando que na terra natal do tropicalista, a música dele não é ouvida e o seu trabalho quase desconhecido.
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Quando a Secretária de Cultura de São Gonçalo falou que “não é só Tom Zé”, mas que deveria ser lembrado também um renomado músico São Gonçalense (esqueci o nome agora rsrsrsr) que é sucesso na Europa, Calisto usou do seu “direito de resposta” para dizer que conhecera o maestro de São Gonçalo e fora aluno do mesmo, portanto quando citou o cantor e compositor iraraense não quis desmerecer ninguém.
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Mesmo sem estar de posse de sua clarineta, Fábio Calisto deu seu show no Amélio. A coisa foi tal, que quando a representação de Água Fria pontuou sobre o alto investimento que se faz naquela cidade para levar o CALIPSO, pensei em sugerir que eles levassem o CALISTO que, ao menos deduzo, deve seguir aquela receita apresentada num dado palanque na campanha de 2000: “cobrar um cachê mais barato; que a prefeitura possa pagar”.
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Pois é, com seu perfil participativo, Calisto foi, aos poucos, chamando a atenção das pessoas. Um dos diretores da Secult me sinalizou para a “disposição daquele rapaz de Irará”, respondi que naquele indivíduo tem alguns caracteres do “típico iraraense” e se esse encontro fosse feito na “terra da farinha” era que ele ia ver o tanto de figuras que poderiam aparecer...
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Não sei se estou certo, mas imagino que o evento deve ter provocado algum tipo de empolgação no jovem Calisto. Penso que por agora ele já pode até estar maquinando estratégias para a sua possível segunda candidatura a vereador nas eleições do próximo ano.
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O tempo é que vai dizer. Agora que Fábio já tomou o “ônibus do PMDB”, esse pensamento pode ser só mais uma “viagem”, ou então, pode vir a ser real. A julgar pelo destaque do rapaz no Encontro Territórial, não só os pré-candidatos a edis, mas os postulantes à Assembléia Legislativa em 2010 já têm um sério concorrente.
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