1.11.07

“Bar de Zé Petu” é demolido

Quem tirou foto, tirou. Quem guardou na memória, guardou. Quem não fez isso, quando estiver diante do comentário de alguém ou nas leituras das páginas das “Janelas Abertas” de Juracy Paixão, só poderá ter uma vaga idéia de como eram as instalações do tradicional Bar de Zé Petu. Local que já foi marco do encontro juvenil e da boemia de Irará.
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A edificação que era situada à Rua Manoel Julião (Calçadão) e já há alguns anos ostentava uma placa com a inscrição “Bar 07 de Setembro”, com propaganda do refrigerante “Crusch”, foi demolida. O prédio era do tempo em que se colocava a data de construção na fachada. E a data que estava lá, se não me falha a memória, ainda marcava os primeiros anos do Século XX. Agora é poeira, escavações e o sinal de uma nova construção.

Um comentário:

Juracy Paixão disse...

História registra-se sobretudo por meio dos marcos físicos. Irará perde,com a demolição do "Bar de Petu", mais uma de suas referências históricas. Afinal,aquela casa de portas em arco,eira e beira era um modelo da construção clássica dos anos 10/30. Os boêmios do passado que ainda estejam vivos, não mais reconhecerão a rua Manoel Julião. os novos boêmios não terão como mirar um recanto inusitado, perfeito e único, próprio para a boa boemia.Foram-se a casa de Raul Cruz, a casa do antigo Correios e Telégrafos, a casa de Everton Martins, o velho prédio da Prefeitura, o antigo Foro, a casa de José Freitas e tantas outras casas de marca histórica.Isso, sem falarmos da velha igreja sesmarial. Será que os marcos restantes se salvarão? Será que o velho mercado voltará a monstrar sua imponência? Será que, um dia, haverá um prefeito que restaure o velho coreto da Praça da Bandeira?

O que haveria para ver, em Ouro Preto,além dos casarões? O que seria do Egito de hoje sem suas pirâmides e mausoléus? O Pelourinho teria graça e receberia visitantes mil sem seus sobrados? E a Europa, teria o que mostrar sem suas construções seculares?

Pobre Irará; Pobre na agricultura, pobre na economia,pobre no respeito pela História. Pobres de nós , iraraenses, que apreciamos ver o belo velho,tão mais belo que o dito novo bonito (feio de dar dó).

Juracy Paixão.