Até para quem não vai ao carnaval é difícil ficar alheio à folia. Vez por outra, entre todas as outras possibilidades de ouvir falar do reino momesco, o sujeito encontra um aparelho de TV, ligado numa emissora que faz a cobertura do evento. Destaque para Globo e Bandeirantes.

Ticiana Villas Bôas (esq), formada pela Facom/UFBA,
foi uma das repórteres da Band no carnaval de Salvador
A Band já há algum tempo, saindo do eixo Rio São Paulo, transmite o carnaval de Salvador. E agora em 2008, ano do centenário do frevo, resolveu brindar os foliões “at home” com os carnavais de Recife e Olinda.
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Dos trechos que vi, apesar da massante mechandising da Coca Cola, achei legal a interatividade entre os reportes trabalhando nos dois estados nordestinos. No mais, não percebi muita coisa que mereça “alfinetar” o trabalho dos caras, como diz um amigo meu.
Dos trechos que vi, apesar da massante mechandising da Coca Cola, achei legal a interatividade entre os reportes trabalhando nos dois estados nordestinos. No mais, não percebi muita coisa que mereça “alfinetar” o trabalho dos caras, como diz um amigo meu.
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Já na Globo, tudo continua sem novidade. A emissora ainda pensa que o Brasil é uma das suas novelas das oito. Rio de Janeiro, Leblon, etc, etc, etc. Só que, como é Carnaval: “Desfile das Escolas de Samba! Ao vivo!”. Nada contra a transmissão dos desfiles. Nem do Rio e nem de Sampa. Porém, a cobertura...
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Já na Globo, tudo continua sem novidade. A emissora ainda pensa que o Brasil é uma das suas novelas das oito. Rio de Janeiro, Leblon, etc, etc, etc. Só que, como é Carnaval: “Desfile das Escolas de Samba! Ao vivo!”. Nada contra a transmissão dos desfiles. Nem do Rio e nem de Sampa. Porém, a cobertura...
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Câmeras especiais. Aquários montados em plena Marqueis de Sapucaí e um montão de repórteres a todo canto. O alvo para as entrevistas são integrantes e personalidades a desfilarem nas Escolas de Samba. “como é o sentimento de está aqui?”, “o coração tá batendo forte?”, “o que você acha?”, “é muita emoção né?”. Resumindo, as perguntas são quase todas neste estilo. “Aí, vamô pensar numas indagações mais espertas, aí”.
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“Oxente! Mas tu também não pode dizer que a Globo não dá espaço para a Bahia”. Claro que dá, né gente!? Lembre-se que tem a retransmissora local. A TV Bahia, da Rede Bahia, de... vocês já sabem quem.
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O pessoal estava lá trabalhando, o trio de Ivete ia chegando, os comentários iam aparecendo, mas de repente a cantora achou de simular um beijo no repórter da Band. Daí já viu! Na rede dos Marinhos, não se dá “Ibope” aos concorrentes. Câmara se afasta e... “roda , roda, roda Chacrinha, um minuto de comercial/ alô, alô Teresinha...”.
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Na segunda-feira, transmissão local na hora da Sessão da Tarde. Daniela Mercury dando entrevista no set da TV em pleno Campo Grande. O pessoal parecia babar diante da “Rainha do Axé”. Também, vale dizer, em certo sentido, ninguém pode condená-los por isso.
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De repente, resolveram mostrar imagens da apresentação de Daniela no dia anterior. A legenda dizia: “Barra - ontem há noite”. Agora imagine vocês se não tivesse existido a noite do dia anterior? Mas, se a frase se referia a ontem, deveria então ser: havia noite. A noite poderia deixar de ter existido? Ah, sei lá...
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Como, “não estamos aqui na condição de Observatório da Imprensa, visse!”, e sabemos que macaco não olha para o rabo, lembro-te que “tu falastes do erro dos outros, mas não visse os teus”.
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Então. Para não ser vitima e algoz, anunciamos que estar todo mundo perdoado. E depois, nesses momentos de festas de inversão da ordem, um pileque ou um gorozinho de leve é sempre bem-vindo. Se era Carnaval, é claro que a cobertura tinha de ser carnavalesca.
* imagem tomada de emprestimo no site da Band