13.11.09

A chegada de Tom Zé no Irará para a Feira da Mandioca

Tom Zé estuda a Chegança




Ali está um senhor descendo da van. Parece se atrapalhar com o fio do microfone de lapela, preso á sua camisa. Esquina da rua de baixo (Campos Martins) com o beco ao lado do consultório de Dra. Toteia. Tom Zé pisa o solo iraraense. Em frente ao terreno onde foi um das casas onde morou.

“Aê cambada de vagabundo!”. Foram as primeiras palavras que ouvi Tom Zé dizer. A face risonha evidenciava um misto de irreverência, de emoção, de irmandade, de carinho naquelas palavras. Me aproximo. “Salve Tom Zé!”. É a saudação. Um a um, vão vindo outros. Apresentam Tom Zé ao Prefeito Derivaldo e ele o cumprimenta com vigor.

João Martins faz as honras da cidade. Tira a própria camisa que vestia e passa para Tom Zé. A roupa trás o desenho dele (João), feito em homenagem a Mãe Melânia por ocasião da Lavagem 2009. Ajudo com a retirada do microfone. O aparelho auditivo de Tom cai a meus pés. O alerta vem de Guilherme. Daí, pego o aparelho e devolvo ao mestre que passa para sua esposa/produtora Neusa guardar.

Depois é só alegria. Tom Zé cumprimenta a charanga e abraça as meninas que estão logo à frente, se acabando de dançar. Ele segue, rua de baixa à cima, em direção à Purificação. Com destreza vai ao passeio e cumprimenta D. Dôra. A residente da casa 40 é, certamente, uma amiga de infância.

As crianças saíram da escola para ver Tom Zé. Elas estão acompanhadas dos professores e gritam: “Tom Zé, Tom Zé, Tom Zé...” . No meio do corredor formado, ele pula, acena, beija, abraça, cumprimenta. Vai ao passeio e fala com Leo. É o rapaz que minutos antes tocava os foguetes para anunciar Tom Zé. “Ele quis saber da loja de Eduardo”, informa o “fogueteiro”, dizendo-lhe ter comunicado que ali agora é a Panificadora Victor.

A Chegança da comunidade da Loja faz uma apresentação. “Ainda tem chegança em Irará?” Era um questionamento de Tom Zé antes de vir. Agora, com a chegança na sua chegada, ele tinha a comprovação. Recepção especial.

Tom Zé fica ali ao lado admirado. Acompanha o ritmo, faz movimentos com os pés. Tenta imitar os passos. Parece estar ali interpretando, viajando em algo... Ou, quem sabe, estudando a Chegança.

Muitos se aproximam, querem fotos. “Quero esse retrato para botar num quadro”, diz dona Noelia Pinho. Minutos depois, muitos orkuts também já estariam abastecidos. E assim, Tom Zé volta a sua terra para um show especial na Feira da Mandioca. E todos os olhos se voltam pra ele.

vejam video:


http://www.youtube.com/watch?v=5BPw0AsAkHM

Depois estarei postando mais videos. É que a internet aqui no Irará anda de jegue... rs.

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