13.2.15

“Axé Músic”: Irônico, Marcelo Nova teria feito batismo

Entre as recordações da “Axé Music”, as elegias saudosas e as tantas abordagens e entrevistas em programas de rádio, surge uma versão até então desconhecida para muitos. 

O nome de batismo, para o que se comemora 30 anos neste carnaval, pode ter sido originado nas críticas e ironias de Marcelo Nova, então vocalista da banda Camisa de Vênus

A versão foi dita na quinta (12/02) no programa Band News Primeira Edição, da FM 99,1 – BN Salvador, pelo apresentador Evilásio Jr. De acordo com o jornalista, na época, o roqueiro se referia às músicas que faziam sucesso no carnaval baiano, pejorativamente e ironicamente, com o termo “axé músic”. 

Depois, publicitários e/ou locutores de rádio teriam se apropriado do nome e popularizado o batismo das músicas e danças de destaque naquele momento de tantos “fricotes” e “deboches”. 

O que era chacota, virou rótulo de sucesso... 

Em meados dos anos 1980, momento no qual surge a “Axé Music”, o Rock Brasileiro era forte nos corações e mentes da juventude no Brasil, inclusive na Bahia. 

Que cruzamentos e/ou enfrentamentos estes dois tipos de música podem ter sofrido em terras soteropolitanas naqueles tempos?

Estão aí indícios de um bom tema para pesquisa. Se é que alguém já não a tenha feito. 

A informação de Evilásio, me lembrou o vídeo abaixo. Nesta gravação, de 1988, Marcelo Nova, acompanhado de Raul Seixas, comenta sobre uma das músicas mais populares do nascedouro da “axé music”. 



Raul Seixas & Marcelo Nova 
- Sobre a AXÉ Music - Salvador BA - 1988
Publicado em 3 de mar de 2012

Do canal de Rodrigo Titatelli no Youtube

12.2.15

Por que este anúncio “confuso”? “Porque sim!”

Era o episódio intitulado “O Rei e Eu”, de A Grande Família. Agustinho Carrara (Pedro Cardoso), comodoro do Paivence (Espaço de Eventos), programou um show cover de Roberto Carlos. O artista genérico era o Tuco (Lúcio Mauro Filho), cunhado do gestor do espaço. 

Para atrair público Augustinho aprontou uma das suas. O que, para ele, se traduzia numa “estratégia de marketing”.

 "Estratégia de Marketing" de Augustinho

Carrara mandou fazer um cartaz: “Tuco canta Roberto Carlos”. 

A informação “Tuco canta” tinha letras bem pequenas; enquanto “Roberto Carlos” e os outros elementos informativos eram grafados em tipologia gigantesca. 

Como era de se imaginar, deu confusão. 

Lembrei-me desse episódio, da saudosa série de TV, ao ver o cartaz reproduzido abaixo. O anúncio divulga um evento de camarote durante o Carnaval de Salvador.  


O show é de Lenadro Sapucai, com participação de Carlinhos Brown. Pela lógica, o anfitrião faz o show - na quase totalidade do tempo - e o convidado entra em algumas músicas. No entanto, a julgar pelo cartaz, não é isso o que aparenta. 

Na peça publicitária, Carlinhos Brown é o único a ter imagem e ainda tem o nome mais destacado. Fica com a maior pinta de atração principal. Seria uma “estratégia de marketing”?

Redações e layouts assim são até engraçadinhas, quando acontecem na ficção. Mas na vida real...

Eu questionaria aos produtores e divulgadores do evento, porque eles publicizam um tipo de anúncio “confuso” como este. E eles fatalmente me responderiam: “Por que sim!”. 

PS – O anuncio ainda deveria informar, além da data, o dia do evento. Tipo: “Domingo de Carnaval”. Desta forma comunicaria melhor para o folião.