25.10.12

Da série “Teoria da Conspiração”: “Salve Jorge”.


Matéria de Thaís Britto para a agência O Globo, reproduzida no A Tarde do último domingo, 27, a respeito da novela “Salve Jorge”.  

“As Forças Armadas tiveram mesmo boa impressão de Rodrigo [Lombardi – ator principal de “Salve Jorge”], que defende como uma das funções da novela desmistificar a áurea de sisudez que paira sobre o militares” 

Segue a matéria: “Queremos realmente dizer para os espectadores que nós somos”, ele para e ri do ato falho: “Tá vendo como estou envolvido? Que eles são tão humanos quanto nós?”. 

Mídia denunciando governo como “o mais corrupto da história”... Glorificação das Forças Armadas... Quando não se vence pelo voto.... Acho que esse filme já passou na TV há décadas atrás... 

24.10.12

Música, comida,dicas sexuais e até filme pornô para o público evangélico


Os cristãos evangélicos costumavam ser vistos como pessoas afastadas do “mundo”. Diante de costumes e vivência própria, o esperado sempre foi que, ao aderir a uma religião evangélica, o individuo abdicasse de prazeres e costumes de antes. 

Hoje, já não sei avaliar se a vivência evangélica é assim tão afastada “do mundo”. Teriam os evangélicos criado uma nova interpretação do mundo? Ou seriam apenas adaptações? 

Música 

Na música, o rock, que é cantado por Raul Seixas como um dos “filhos do diabo”, já tem a sua versão evangélica. As variantes também chegam aos outros ritmos. 

“Pagode de Jesus”, “Samba pra Jesus”, Forró, Pop, Sertanejo, Axé... e segue a infinidade de gêneros musicais tocados em forma de louvores. Ou seriam louvores em forma de gêneros musicais? 

As variações também chegam a outra culturas como a culinária e o sexo. 

Acarajé  

Na Bahia, é emblemático o caso da venda dos acarajés. A iguaria tem origem nos ritos de religiosidade de matriz africana. No entanto, os evangélicos também começaram a produzi-lo. Para eles, o quitute tem o nome de “bolinho de Jesus”. 

Segundo argumento de alguns, a diferença é que, quando produzido por um irmão evangélico, a pessoa tem a certeza de que a comida não foi “oferecida” a qualquer entidade espiritual. 

Filmes pornôs 

Também já virou notícia a produção de filmes pornôs direcionado ao público evangélico. A ação é explicada, em inglês, por um site disponível na internet, cuja tradução livre do seu título por ser entendida como “sexo em Cristo”. 

Discutindo sobre o assunto, a colunista Carol Patrocínio, do blog “Preliminares”, ligado ao Portal Yahoo, disse que “a ideia desses filmes é ensinar aos casais cristãos como eles podem ter e proporcionar prazer de acordo com a Bíblia — incluindo posições sexuais e tratamentos respeitosos ao órgão do outro”. 

Poli dance e Sex Shop 

Patrocínio também comenta sobre a criação de um sex shop online para casais religiosos. Segundo a colunista o objetivo da loja é “apimentar a relação de acordo com preceitos da Bíblia”. 

Ela apresenta o Book 22 (em inglês), o primeiro a ser lançado e que, segundo o site NPR.com, foi criado por um casal “cansado de buscar soluções para sua vida sexual e só encontrar pornografia”.

Outro fato comentado por Carol Patrocínio é a criação do “Pole Dance para Jesus”. De acordo com a colunista, “uma americana resolveu criar o esporte e fez algumas mudanças nas aulas convencionais de pole dance, ou dança do poste. 

Primeiro, as músicas: nada de música de boate, apenas louvores cristãos ou músicas gospel populares. Depois, os movimentos, que não são tão sensuais quando nas aulas normais, afinal, é um momento de adoração”.

Site dá dicas 

Uma notícia publicada na Folha OnLine apresenta um site criado com o intuito de dá dicas de sexo para evangélicos. Segundo a matéria, o site SexoCristão.com responde a perguntas como: “Sexo anal é pecado? O que a Bíblia diz sobre fantasias sexuais? Transar no noivado, pode?” 

De acordo com a publicação o site, que tem o slogan “o sexo como Deus planejou”, sugere debates sobre relacionamentos gospel. A página contém artigos, fóruns, notícias relacionadas ao tema e enquetes. Numa delas, foi pesquisado a opinião dos visitantes sobre o fato de cristãos irem a motéis. A opção “é pecado” foi a mais votada com 5787 de quase 14 mil votos.

Brincadeira?

A notícia também comenta que segundo os idealizadores do site, cujos nomes não são revelados, o projeto não pertence a uma igreja protestante específica. “Não há e-mails ou telefones para contato, o que aumenta nos fóruns a suspeita de que tudo não passe de uma brincadeira. "Esse site é uma piada?", pergunta um dos visitantes”, segundo notícia da Folha OnLine. 











17.10.12

Duas eleições e a lição das pesquisas



As tabelas acima mostram o nível de acertos das pesquisas eleitorais nas duas últimas eleições aqui em Irará (2008 – 2012). 

A cada eleição as pesquisas exigem cada vez mais respaldo e responsabilidade. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tipifica como crime a divulgação de pesquisas que sejam constatadas como fraudulentas. E, além disto, o TSE mantém regras rígidas para a divulgação e faz exigências aos institutos credenciados. 

Uma das exigências do TSE é que o instituto tenha um estatístico responsável pela pesquisa. O estatístico é um profissional formado na universidade, que após a formatura recebe um credenciamento do Conselho Regional de Estatística, assim como os médicos tem o seu registro no Conselho Regional de Medicina e os advogados na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). O estatístico corre o risco de perder o seu registro em caso de erros grosseiros. 

Por isso, em centenas de eleições realizadas, são raros os erros grosseiros nas pesquisas eleitorais.  O fato é que, quando acontece de uma pesquisa errar, o erro é mais lembrado pelo eleitor do que o acerto.

Interior

Nos grandes centros, as pesquisas eleitorais são geralmente contratadas e divulgadas por veículos de comunicação. Em cidades pequenas, como Irará, os veículos existentes não possuem condições financeiras de contratar um instituto de pesquisa. Por isso, só existem as sondagens contratadas pelos próprios candidatos.  

Além de mostrar a intenção de voto do eleitor, a sondagem fornece diversas informações para o trabalho na busca por mais votos. Contudo, neste ambiente, só o candidato que tem vantagem na pesquisa costuma registrá-la no TSE e divulgá-la. Já quem tem situação desfavorável prefere a não divulgação, enquanto tenta a reversão do quadro. 

É louvável quando um candidato, em situação inferior na pesquisa, trabalha o sentimento da “virada” e com isto consegue empolgar o seu eleitorado e, em alguns casos, até consegue a virada mesmo. 

Re-make 

Por outro lado, é deplorável quando um candidato, sem razão para contestar judicialmente uma pesquisa, entra na tática do “oba-oba”. 

Assim, até quando uma pesquisa pode ter dados que lhe favoreça, o candidato em desvantagem ataca o resultado global e faz acusações vazias. Diz que a pesquisa é fraudulenta, mas não prova. E, sem elementos para entrar na justiça pedindo a impugnação da pesquisa, resumi-se às acusações de palanques, panfletos e carro de som.

Cria-se o “oba-oba” por tempo limitado. Porque, tão logo sai o resultado das eleições, as urnas comprovam o nível de confiabilidade de uma sondagem séria. Com isto, o candidato do “oba-oba” deveria ficar descredibilizado, mas nem sempre aos olhos de todos.  

Infelizmente a cena aconteceu em Irará em 2008 e voltou a se repetir, como um “re-make” malfeito em 2012. O pior foi assistir pessoas as quais considero inteligentes descredibilizarem as pesquisas e preferirem acreditar nas acusações do candidato e nas aparências dos seus movimentos de campanha. 

Lição 

Espero que as duas experiências das eleições anteriores sirvam de lição para os políticos e para os eleitores iraraenses. Afinal, eleição deve ser um momento sério e não a hora do “oba-oba”. 

Os políticos devem entender de uma vez por todas que a mentira tem mesmo perna curta. E por isto não vai longe. E que é possível comunicar numa eleição usando informações verdadeiras, porque, embora existam muitas maneiras de apresenta-la, a verdade é uma só. 

Já para os eleitores, inclusive aos mais inteligentes, fica a dica para não se deixarem levar pelo “canto da sereia”.  Felizmente, ao que demonstram as urnas, a maioria não tem cedido aos encantos.