Há filosofias defensoras de que os contrários sustentam o mundo. A dialética, a disputa entre forças opostas, a necessidade do conflito. O equilíbrio seria a chave para o viver melhor. Imagine um mundo sem contrários. Sem oposição entre bom e mau, entre feio e bonito, por exemplo.
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Até para poder servir de referência o contrário deve existir. “O que seria do azul se não existisse o amarelo?”, pergunta a velha frase. Sem o ruim, diante do que iríamos comparar o bom para saber se é bom mesmo? Estava pensando no uso da fotografia digital e acabei esbarrando nessas idéias...
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Sim. Porque na fotografia de hoje, corremos o risco de acabar com o feio, o inesperado, e também o “pêgo de surpresa”. Até mesmo naqueles aniversários familiares, regados a cerveja e carne na brasa, onde a fotografia sempre flagrava um com a boca toda suja de farinha.
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Agora é diferente. “Tira a foto!”. Logo o “fotógrafo” diz: “Ficou bom não. Vou deletar e fazer de novo. Perái! Agora sim, ficou legal!”. O “legal” quer dizer sem falhas, sem erros. E os “erros” que conseguirem passar na hora do clique, com certeza não escaparão a impressão. E se tiver photoshop, aí que eles não passam mesmo.
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Que fotos teremos para a posteridade? Tudo certo, sem erros? Não sei. Só sei que as fotografias documentais não podem perder a graça de alguns dos seus equívocos. Principalmente as falhas imperceptíveis no momento, mas que no futuro estarão lá, para, quem sabe, re-afirmar as dualidades, possíveis motores da vida.
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Até para poder servir de referência o contrário deve existir. “O que seria do azul se não existisse o amarelo?”, pergunta a velha frase. Sem o ruim, diante do que iríamos comparar o bom para saber se é bom mesmo? Estava pensando no uso da fotografia digital e acabei esbarrando nessas idéias...
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Sim. Porque na fotografia de hoje, corremos o risco de acabar com o feio, o inesperado, e também o “pêgo de surpresa”. Até mesmo naqueles aniversários familiares, regados a cerveja e carne na brasa, onde a fotografia sempre flagrava um com a boca toda suja de farinha.
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Agora é diferente. “Tira a foto!”. Logo o “fotógrafo” diz: “Ficou bom não. Vou deletar e fazer de novo. Perái! Agora sim, ficou legal!”. O “legal” quer dizer sem falhas, sem erros. E os “erros” que conseguirem passar na hora do clique, com certeza não escaparão a impressão. E se tiver photoshop, aí que eles não passam mesmo.
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Que fotos teremos para a posteridade? Tudo certo, sem erros? Não sei. Só sei que as fotografias documentais não podem perder a graça de alguns dos seus equívocos. Principalmente as falhas imperceptíveis no momento, mas que no futuro estarão lá, para, quem sabe, re-afirmar as dualidades, possíveis motores da vida.
Um comentário:
Texto super criativo.... parabéns! hehe..
como anda i´rará.. tem ido pra lah?
ia mais qdo pekena... mas d vez em qdo eu apareço.. heuehue! meu pai adora akele lugar.
bjsss
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