A AABB (Associação Atlética Banco do Brasil) de Irará pede socorro. O clube, depredado no último dia 20 de fevereiro, agoniza. Os prejuízos causados pelo episódio de vandalismo, diante da não realização do show da banda de pagode Black Style, agravaram ainda mais a situação.
Pelo que informou o gerente Ricardo Guimarães, em matéria publicada pelo Portal Iraraense, o clube “vive no vermelho”. O balanço é melancólico. Os débitos se acumulam, entre eles, atrasos nos pagamentos de IPTU e repasses do INSS. E o montante arrecadado com as mensalidades dos sócios comunitários, que neste verão chegou a cerca de duzentos, não cobre as despesas mensais.
Cenário - A situação vivida pela AABB não é privilegio de Irará. Em muitas cidades, os clubes sociais foram extintos, tendo seus espaços físicos transformados em praças, lojas de conveniências, supermercados, etc. O motivo freqüentemente apontado pela decadência da maioria destes clubes, Brasil afora, são as mudanças sociais. Entre elas, o surgimento de condomínios de luxo, com completas áreas de lazer; a alteração de comportamento da classe média; e o menor senso de comunidade das pessoas.
Transformações sociais e econômicas também ocorreram em Irará e, fatalmente, contribuíram para atual situação de crise da AABB. Nos tempos áureos do clube, nas décadas de 1980/90, a Agência do Bando do Brasil da cidade chegou a ter mais de quarenta funcionários. A quase totalidade deles, com suas famílias inteiras, além de residirem em Irará, eram sócias e freqüentadoras do clube. Alguns bancários ainda atuavam na gestão e desenvolvimento das atividades clubistas. Com movimentação na AABB, as pessoas da comunidade sentiam-se atraídas e tornavam-se os chamados “sócios comunitários”, já que os bancários eram os “sócios efetivos”.
Crise - Hoje, devido à automatização bancária, dentre outros fatores, a lista de funcionários da agência do Banco do Brasil de Irará, talvez não chegue a dez. É notório que muitos deles não residem aqui e nem freqüentem a AABB. O clube perdeu ritmo e, sem maiores incentivos, aos poucos, os sócios comunitários também foram deixando a associação.
Talvez numa tentativa de popularizar a AABB e, ao mesmo tempo, trazer de volta os sócios egressos, o valor das mensalidades foi sendo reduzido. Entretanto, ainda assim, a crise financeira não foi resolvida. Recentemente, após o fechamento do “Caçua Music”, o clube virou quase a única alternativa na cidade para a realização de eventos festivos. A expectativa era que os recursos obtidos com os aluguéis dessem uma “oxigenada” no caixa da instituição. Diante do episódio mencionado acima, percebe-se que o ocorrido foi o contrário.
Esperança - É triste e lamentável assistir a decadência de um clube como AABB de Irará. Ainda mais nesta cidade, nitidamente escassa de opções de lazer e entretenimento. O Banco do Brasil que empresta nome ao clube, mas, conforme noticiado na referida matéria, “não dá um tostão” para manutenção do mesmo, deve convocar a comunidade iraraense e, junto com ela, discutir as possíveis soluções.
O agradável espaço físico da AABB de Irará pode vir a ser o grande equipamento sociocultural do município. Suas instalações podem servir ao desenvolvimento esportivo, cultural e social da cidade, além de estar a serviço da Associação dos Comerciantes, das associações de classe, dos desportistas, das entidades culturais e da comunidade de um modo geral.
Do contrário, se nada for feito, a AABB continuará sem a devida estrutura de palco e banheiros, para os eventos festivos; a quadra continuará com seu alambrado danificado; e os sócios continuarão esvaindo-se, até a completa extinção do clube. Então, é melhor pedir socorro agora, antes que o pior aconteça. SOS AABB!
Pelo que informou o gerente Ricardo Guimarães, em matéria publicada pelo Portal Iraraense, o clube “vive no vermelho”. O balanço é melancólico. Os débitos se acumulam, entre eles, atrasos nos pagamentos de IPTU e repasses do INSS. E o montante arrecadado com as mensalidades dos sócios comunitários, que neste verão chegou a cerca de duzentos, não cobre as despesas mensais.
Cenário - A situação vivida pela AABB não é privilegio de Irará. Em muitas cidades, os clubes sociais foram extintos, tendo seus espaços físicos transformados em praças, lojas de conveniências, supermercados, etc. O motivo freqüentemente apontado pela decadência da maioria destes clubes, Brasil afora, são as mudanças sociais. Entre elas, o surgimento de condomínios de luxo, com completas áreas de lazer; a alteração de comportamento da classe média; e o menor senso de comunidade das pessoas.
Transformações sociais e econômicas também ocorreram em Irará e, fatalmente, contribuíram para atual situação de crise da AABB. Nos tempos áureos do clube, nas décadas de 1980/90, a Agência do Bando do Brasil da cidade chegou a ter mais de quarenta funcionários. A quase totalidade deles, com suas famílias inteiras, além de residirem em Irará, eram sócias e freqüentadoras do clube. Alguns bancários ainda atuavam na gestão e desenvolvimento das atividades clubistas. Com movimentação na AABB, as pessoas da comunidade sentiam-se atraídas e tornavam-se os chamados “sócios comunitários”, já que os bancários eram os “sócios efetivos”.
Crise - Hoje, devido à automatização bancária, dentre outros fatores, a lista de funcionários da agência do Banco do Brasil de Irará, talvez não chegue a dez. É notório que muitos deles não residem aqui e nem freqüentem a AABB. O clube perdeu ritmo e, sem maiores incentivos, aos poucos, os sócios comunitários também foram deixando a associação.
Talvez numa tentativa de popularizar a AABB e, ao mesmo tempo, trazer de volta os sócios egressos, o valor das mensalidades foi sendo reduzido. Entretanto, ainda assim, a crise financeira não foi resolvida. Recentemente, após o fechamento do “Caçua Music”, o clube virou quase a única alternativa na cidade para a realização de eventos festivos. A expectativa era que os recursos obtidos com os aluguéis dessem uma “oxigenada” no caixa da instituição. Diante do episódio mencionado acima, percebe-se que o ocorrido foi o contrário.
Esperança - É triste e lamentável assistir a decadência de um clube como AABB de Irará. Ainda mais nesta cidade, nitidamente escassa de opções de lazer e entretenimento. O Banco do Brasil que empresta nome ao clube, mas, conforme noticiado na referida matéria, “não dá um tostão” para manutenção do mesmo, deve convocar a comunidade iraraense e, junto com ela, discutir as possíveis soluções.
O agradável espaço físico da AABB de Irará pode vir a ser o grande equipamento sociocultural do município. Suas instalações podem servir ao desenvolvimento esportivo, cultural e social da cidade, além de estar a serviço da Associação dos Comerciantes, das associações de classe, dos desportistas, das entidades culturais e da comunidade de um modo geral.
Do contrário, se nada for feito, a AABB continuará sem a devida estrutura de palco e banheiros, para os eventos festivos; a quadra continuará com seu alambrado danificado; e os sócios continuarão esvaindo-se, até a completa extinção do clube. Então, é melhor pedir socorro agora, antes que o pior aconteça. SOS AABB!
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