Tudo é para consumir. Aqui, “valor de uso” e “valor de troca” ganham o mesmo sentido. Afinal, não se “usa” para ser “usufruído”. O que estaria nos remetendo a “fruição”. Mas, tão somente para ser “consumido”. Gasto, usado e “sumido”.
Seja “com sumido” ou “sem sumido”, não importa, logo será descartado.
O econômico-financeiro prevalece. Em todas as relações parece ser assim. Não se estranha de vermos tantas entidades, leis e gritarias pelos “direitos dos consumidores”. Enquanto há pouca verborragia ou medidas para a defesa dos direitos do cidadão. O mesmo acontecendo com relação aos direitos humanos ou até para os “direitos animais”, como o direito à liberdade e ao alimento.
E a noção e vontade de consumir se dá não somente nas relações comerciais, mas são igualmente expandidas para os relacionamentos pessoais.
Antes, uma garota atraente, era o “sonho idealizado” de um rapaz. Já há algum tempo a “princesa” virou o “sonho de consumo”. A palavra deixa implícito. Se o sonho for realizado, logo será consumido e, conseqüentemente, descartado.
Pois bem, dentro desta mesma lógica, agora também há um bordão para as moças solteiras. Há alguns dias ouvi uma personagem de novela, enquanto falava sobre sua disponibilidade para relacionamentos, afirmar: “Tô na pista pra negócio”.
Acho que a sociedade, quase que por completo, também está.
Um comentário:
Triste sociedade capitalista criando falsas necessidade! O que Marx faria a respeito hoje...?!
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