Assistia agora a pouco a um jogo de futsal Brasil X
Paraguai. A partir dos uniformes das duas seleções fiz algumas inferências. Vislumbrei
possíveis diferenças quanto aos níveis de organização e atenção ao esporte nos
dois países.
A seleção paraguaia de futsal usa um uniforme, ao que
parece, idêntico ao da seleção de futebol de campo daquele país. O escudo é o
mesmo, o material esportivo é da Adidas e não há qualquer marca de patrocínio.
Enquanto isso, o padrão da seleção brasileira de futsal,
difere totalmente do uniforme canarinho do futebol de campo.
A diferença está não tão somente no escudo, no modelo e no
fato de ter distintos fabricantes de camisa (enquanto a deles é uma marca top a
do Brasil é a Fila da... Itália), mas como também pela profusão de
patrocinadores.
Correios, Banco do Brasil e Chevrolet, foram as três marcas que
consegui identificar na camisa do escrete tupiniquim de Futsal (duas delas são
estatais).
O que inferir daí?
Ao meu ver, no Paraguai o Futsal deve receber atenção da
Federação de Futebol de lá. Eles devem ter uma federação de “Futebol” e não uma
federação de “Futebol de Campo”, como temos aqui.
Também me parece que, ao julgar pelas minhas inferências, o
Futsal Paraguaio necessita menos de “correr o pires” para sobreviver do que o
brasileiro. Afinal, exibição de marcas de inúmeros patrocinadores nem sempre
significa arrecadação de grandes fundos.
A profusão de logos na camisa pode representar o estilo “cada
um dá um pouquinho”, que é “pra ajudar”.
Sendo assim, imaginemos que a situação do Futsal em âmbito
nacional, embora em proporções dessemelhantes, não difere muito da luta do professorWiliam César para organizar o Campeonato Iraraense. Aqui, costumamos ver uma
profusão de patrocinadores e recursos em escassez.
Dentro de quadra, nos brasileiros temos o melhor futsal do
mundo. Uma seleção heptacampeã mundial, atual dona do título e bem situada no
raking, com aproveitamento, ao contrário do que a seleção de campo tem mostrado em tempos mais recentes, de dá inveja.
No entanto, os feitos dos jogadores “futsalisticos”,
infelizmente não parecem refletir no desenvolvimento brasileiro do esporte.
Pelo que percebo, enquanto nossa qualidade esportiva é de
primeira, a organização, atenção e apoio ao esporte, aqui no Brasil, são “do Paraguai”.
Mas, tão “do Paraguai”, tão "do Paraguai”, que nem lá no Paraguai deve ser assim.
PS – São tão somente inferências
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