18.9.10

18 de Setembro

Sou fascinado por letra de música. As boas; é claro. Elas traduzem muitos dos nossos sentimentos de forma precisa. Descrevem momentos vividos e traduzem situações.

Hoje é 18 de setembro. Se aqui estivesse fisicamente conosco, meu pai completaria 62 anos neste plano terrestre (não sei se há outros). Neste momento de lembranças, uma letra de música me serve como porta voz.

“Naquela Mesa” já era um canção conhecida. A composição de Sérgio Bittencourt foi imortalizada na voz de Nelson Gonçalvez. Agora, o pernambucano Otto fez um versão dela.

Ouvi a interpretação de Otto pra “Naquela Mesa” pela primeira vez no show dele em Salvador, domingo passado. A emoção é forte. E acho que bate em todo filho que sobrevive à partida do pai.

Não é raro as vezes que ouvimos canções e pensamos: “parece que foi feita pra mim”. Desta, se muito, eu só tirava uma ou duas linhas. O resto vai tal e qual.

Ouça a versão de Otto no vídeo (clique aqui)

Naquela Mesa

Otto
Composição: Sérgio Bittencourt

Naquela mesa ele sentava sempre
E me dizia sempre o que é viver melhor
Naquela mesa ele contava histórias
Que hoje na memória eu guardo e sei de cor
Naquela mesa ele juntava gente
E contava contente o que fez de manhã
E nos seus olhos era tanto brilho
Que mais que seu filho
Eu fiquei seu fã

Eu não sabia que doía tanto
Uma mesa num canto, uma casa e um jardim
Se eu soubesse o quanto dói a vida
Essa dor tão doída, não doía assim

Agora resta uma mesa na sala
E hoje ninguém mais fala do seu bandolim
Naquela mesa ta faltando ele
E a saudade dele ta doendo em mim
Naquela mesa ta faltando ele
E a saudade dele ta doendo em mim

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