Não se trata de remake nem reprise de novela global. Tomei de empréstimo o título, só para alertar que a árvore da imagem abaixo será a próxima a cair.
Árvore na Rua Cel. Elpídio Nogueira -
Aqui chamada de "A próxima vítima"
Ela fica na Rua Cel. Elpidio Nogueira, no trecho entre a Praça da Purificação e o prédio da Secretaria de Educação, centro de Irará. Está de frente do local, onde às vésperas do aniversário da cidade foi demolida uma casa com fachada antiga.
Onde estava a casa, pelo que algumas pessoas me contaram, será erguida uma loja comercial.
Bastou esta informação para que eu imagine o resto do enredo. O que vem por aí? Fachada luminosa ou aquelas de lona.
Nome da empresa em destaque, certamente, o dono não vai querer uma árvore na frente para “atrapalhar” a visão ou “ficar sujando” o
passeio. Não é mesmo?
Caso esta minha triste previsão se concretize, será mais uma árvore a ser tombada (aqui no sentido de derrubada mesmo) no percurso entre a Purificação e a Pedro Nogueira. E assim, aos poucos, aquela parte da cidade tem cada vez menos a paisagem a qual conheci quando criança.
Rua larga, inspirada nos ideias de progresso e civilidade franceses do começo do Século XX, como historiou Marilda Ramos. Oitis de um lado e de outro, configurando a “arborizada paisagem”, narrada por Kitute de Licinho.
Aquela passagem para mim era como se fosse um Boulevard (os distraídos devem consultar a palavra – clique aqui – para não pensar que falo de um shopping de Feira de Santana).
Hoje a arborização se concentra mais presente na metade do trecho. Coincidentemente onde está a próxima vítima em potencial. Da Purificação até a Praça da Bandeira.
Da Pça da Bandeira até a Pça Pedro Nogueira
"Muitos oitis já se foram"
Na outra metade, da Bandeira até a Pedro Nogueira, muitos oitis já se foram. Só restam uns três. Boa parte deles foram morrendo. Talvez por descaso ou má sorte.
Em 2009, um deles teve destino cruel. Estava verde, firme e forte. Ficava em frente ao Supermercado Delícia. Rapidinho sucumbiu diante da motoserra. Ficou de pé o gosto amargo e nada delicioso na memória dos que valorizam a paisagem e a natureza.
Lembro-me de ter tentado saber de quem teria partido a autorização. Mas nem o Secretário de Meio Ambiente da época sabia. Depois perguntei a outras duas autoridades e, sem resposta, desistir de tirar uma de “Sherlock Holmes”. A árvore já estava no chão e nada a traria de volta “meu caro Watson”.
Não tive sorte no personagem Holmes. Talvez seja mais fácil agora, nesta nova situação, criar/encarnar “Walter Supermecado”. E assim prevê a queda da árvore. E ainda imaginar que será de forma tão brutal quanto se deu com a outra citada.
E, infelizmente, esta não é nenhuma previsão difícil de fazer.
No mais, espero e desejo estar errado nas minhas previsões. E cito ao comerciante do local em questão o exemplo da loja D. Barbosa Material de Construção. Lá tem um oiti em frente que não precisou ser derrubado para o funcionamento do comércio.
Se “ligue já” Irará!
Nenhum comentário:
Postar um comentário