Assustam as notícias sobre violência em Irará. Os fatos policiais noticiados pelo Blog do Tavares e pela Rádio Comunitária Irará FM, reproduzidos pelo Portal Iraraense, tem surpreendido. O cenário era desconhecido por muitos.
Mortes, assaltos em plena luz do dia, tentativas de homicídios, espancamentos, arrombamentos, etc. Isto tudo tem acontecido em nosso município. E o pior é que estas ocorrências começam a ficar frequentes.
A frequência dos atos de violência provoca o receio dos mesmos começarem a serem vistos como banais. E quando eles não mais assustarem, a situação tende a piorar. Banalizado, o mal terá mais facilidade de se espalhar e perpetuar-se.
O enfrentamento do problema é a medida mais adequada para evitar a banalização. E para tanto, seriam necessárias ações a curto, médio e longo prazo.
Um bom começo poderia ser a discussão do assunto. Procurar entender o porquê de tanta violência em Irará.
Quais seriam as causas? Sempre foi assim, mas só agora a mídia está mostrando isso? É a falta de estrutura dada às polícias (Civil e Militar) para coibir a violência? É a omissão dos poderes constituídos? É o caos social e cultural vivido pelo município? Ou é tudo isso e mais um pouco?
Um município que desconhece seus índices, não discute sobre a sua realidade. Se não discute, não pensa. E sem pensamento, planejamento e gestão não se chega a soluções eficazes.
Talvez não haja mesmo interesse no pensamento. Afinal, como nos lembra uma canção do nosso conterrâneo Tom Zé, “pensar é uma afronta”.
Agora em maio, deste 2012, Irará faz 170 anos de emancipação política. Se fosse um bingo o cantador gritaria: “De rombo!”. Rombo sociocultural.
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